Cirurgia Plástica – Face e Pescoço

A Cirurgia Plástica é um ramo da cirurgia que visa minimizar ou corrigir imperfeições, deformidades ou malformações de diferentes partes do corpo humano, reestabelecendo não apenas a sua “função” anatômica, mas aprimorando a sua “forma”, sempre unindo suas duas vertentes inseparáveis, a cirurgia Reparadora e a cirurgia Estética. Cada vez mais, o conceito de beleza está aliado à saúde. Neste sentido, a Cirurgia Plástica pode recuperar a harmonia do corpo para a conquista da saúde física, contribuindo também para a saúde psicológica, emocional, e para melhorar a integração social do paciente, com o objetivo de elevar sua autoestima e o bem estar. A tendência mundial da Cirurgia Plástica moderna é zelar pela segurança do paciente preparando-o bem, com exames pré-operatórios e avaliações clínicas pertinentes, indicando correções menos invasivas, cada vez mais precocemente, e que proporcionem um aspecto mais natural, aliada a procedimentos complementares para preparar e melhorar a qualidade da pele, antes e depois da cirurgia. Qualquer pessoa pode se beneficiar da plástica, e caberá ao especialista orientar corretamente o que pode ou não ser realizado. Uma boa consulta pré-operatória, além de preparar o paciente para a cirurgia, deverá fazer com que ele compreenda seu problema, a solução proposta, os riscos e benefícios do procedimento e alinhe a expectativa ideal com as possibilidades de tratamento e resultado. A indicação cirúrgica adequada, a precisão da técnica operatória e o bom cuidado pós-operatório, diminuirão muito a chance de complicações. Importante salientar que não somos seres absolutamente simétricos, mas que buscamos harmonizar as diferenças dos dois lados do nosso corpo, e que os resultados em cirurgia não são matemáticos, pois a cicatrização é dinâmica e peculiar de cada um.

CIRURGIAS DE FACE E PESCOÇO

 

Nariz e Septo Nasal (Rinoplastia e Rinosseptoplastia)
A cirurgia de nariz é uma das mais desafiadoras da cirurgia plástica, pois cada nariz é único, e a cirurgia é artesanal. A avaliação pré-operatória é muito importante: deve-se examinado por fora, por dentro, estudadas suas proporções e a proporção dele em relação à face, a pele que o recobre e a função respiratória. As correções mais solicitadas são: de nariz torto, retirada da giba óssea (ossinho no dorso do nariz), diminuição de tamanho, afinamento, correção da ponta nasal, alongamento de nariz curto, correção da função respiratória (desvio de septo ou alteração de válvula interna ou externa) e nariz que sofreu trauma (acidente, mordida ou queimadura). A cirurgia pode ser via “fechada” (incisões feitas dentro do nariz) ou via “aberta” (incisões dentro do nariz e na parte de baixo, chamada columela). Pode ser realizada sob sedação ou anestesia geral, onde podem ser corrigidas estruturas ósseas, cartilaginosas, além do uso de enxertos (do septo nasal, da cartilagem da orelha ou da costela do próprio paciente ou até substitutos sintéticos) quando necessário. O pós-operatório é tranquilo, mas há que se adaptar ao uso de curativos sobre o dorso do nariz, estruturas de fixação como gesso ou placas moldáveis, uso de tampões nasais nas primeiras 24 horas, e às vezes moldes nas narinas por tempo maior. É esperado um edema (inchaço) nasal que demora meses para desaparecer totalmente, e equimoses (hematomas) ao redor do nariz, mas raramente há dor importante. O nariz está no centro da face e dá identidade ao rosto, sendo que pequenas mudanças já fazem a diferença, tanto em relação à respiração como na aparência, preservando ou recuperando a função do órgão, para devolver a beleza e a harmonia à face.

Orelhas

– De abano (Otoplastia)

A cirurgia de correção de “orelha de abano” é a mais comum, e pode ser realizada em qualquer momento da vida, sendo melhor na idade pré-escolar por volta dos 6 anos, quando a orelha praticamente já atingiu o tamanho definitivo, e quando a cartilagem ainda está mais amolecida do que quando se atinge a idade adulta. A indicação da cirurgia na infância pode evitar prejuízos à autoestima, pois é comum a criança sofrer discriminação ou ser ridicularizada, recebendo apelidos (sofrendo bullying) por parte de outras crianças. A cirurgia pode ser realizada com anestesia local e sedação, e a posição das orelhas é corrigida de imediato. Uma faixa de tecido especial deve ser utilizada nas orelhas, retirada apenas para o banho, e utilizada 24 horas por dia, por um mês, para ajudar a manter o novo formato da orelha. É normal que haja edema (inchaço) e vermelhidão, e é mais comum que haja incômodo do que dor. Com o passar dos dias este aspecto vai melhorando até a cicatrização se completar. Em quinze dias já estará bem mais desinchado, e vai melhorando até seis meses, quando o resultado será definitivo. Quanto às cicatrizes, ficam escondidas na parte posterior (atrás) da orelha. Há casos que necessitam incisões na parte da frente da orelha, mas procura-se escondê-las nas dobras naturais da pele.

– Reconstrução
As cirurgias reconstrutivas de Orelha mais comuns são de orelhas mal formadas (ao nascimento), com defeito de tamanho, formato e assimetria (uma muito diferente da outra), ou pessoas que sofreram traumatismos, como mordidas de cachorro, lóbulos rasgados por brincos, acidentes ou até queimaduras. As cicatrizes variam de acordo com a correção necessária e cada técnica a ser utilizada. Na maior parte das reconstruções há necessidade de usar cartilagens provenientes da própria orelha, da orelha contralateral (do outro lado) quando possível, e quando é necessário mais material, como nas reconstruções totais, utiliza-se cartilagem da costela. Quando não há pele suficiente, pode ser usado enxerto de pele ou expandir a pele com bolsas de silicone (chamados de expansores de tecido) nas quais se injeta soro fisiológico semanalmente. Ao serem retirados depois da expansão completa, pode-se usar a pele que esticou e está “sobrando”, para cobrir o arcabouço de cartilagem que foi moldado à semelhança das reentrâncias e saliências da orelha normal. Há casos de exceção que demandam novo procedimento cirúrgico para simetrizar mais as orelhas, e nos casos de reconstrução, tantas cirurgias quantas forem necessárias.

Pálpebras (Blefaroplastia)

Blefaroplastia é a correção de flacidez de pálpebras. No envelhecimento da face, as estruturas vão cedendo à gravidade de modo diferente. Quando a flacidez nas pálpebras aparece, traz o aspecto de cansaço ao olhar, com excesso de pele tanto na pálpebra superior quanto na inferior, e bolsas de gordura vão se tornando visíveis e “pesando” na aparência. Nestes casos, a cirurgia auxilia reposicionando as estruturas anatômicas que perderam a sustentação com o tempo, atuando na gordura local, na musculatura flácida e no excesso de pele, devolvendo a jovialidade ao olhar. Algumas vezes os problemas palpebrais têm origem em outras doenças como a da Tireóide, pigmentação de olheiras ou problemas oftalmológicos, devendo ser estudado o caso para ver se há indicação ou não de ser corrigida a queixa estética. Em outros casos, há necessidade de reparar as estruturas da região palpebral em pacientes que sofreram trauma, ou pacientes idosos que têm grande frouxidão muscular, nos quais a cirurgia tem cunho mais reparador do que só estético. Pacientes orientais também buscam a cirurgia de Ocidentalização de Pálpebras, outra técnica de blefaroplastia, que modifica aspecto da pálpebra superior para ter o formato dos olhos mais abertos, arredondados, e com uma linha de sulco palpebral superior aparente, à semelhança dos olhos ocidentais, mas sem perder as características raciais. A cirurgia geralmente é feita com anestesia local (associada ou não com sedação), em ambiente hospitalar, e o paciente tem alta no mesmo dia. As incisões são feitas na região da dobra da pele da pálpebra superior, e rente aos cílios na pálpebra inferior, ficando bem camufladas depois de cicatrizadas. A incisão transconjuntival é realizada por dentro da pálpebra inferior, nos casos onde só há sobra de gordura sem sobra de pele nesta região. A cirurgia raramente ultrapassa 60 minutos, e o paciente é orientado a colocar compressas frias nos olhos, para conforto e para ajudar a diminuir o edema (inchaço) e a equimose (hematoma). São prescritas também uma pomada oftálmica para as primeiras noites, colírio para os primeiros dias e não é comum haver dor no pós-operatório, apenas um desconforto local.

Papada (Cervicoplastia)

A cirurgia para correção da papada é muito procurada tanto por homens quanto por mulheres. Deve ser considerado o tratamento de acordo com o problema que a ocasiona. Por vezes, pode ser um mento (queixo) retraído, e quando corrigido, melhora a sensação de queda do pescoço. Por outras, pode estar associado à hipertrofia (aumento) de glândula submandibular, que deve ser tratada. Quando há envelhecimento do pescoço, as estruturas que podem ser tratadas são o acúmulo de gordura, a musculatura do pescoço (músculo Platisma) e o excesso de pele. A queixa principal é a perda do contorno mandibular e do ângulo cervicofacial (entre o queixo e o pescoço), que quando corrigido, devolve o aspecto de jovialidade ao contorno do pescoço. Uma avaliação criteriosa do cirurgião plástico indicará a técnica mais adequada de acordo com a correção necessária, podendo associar outros procedimentos cirúrgicos ou complementares (laser ou radiofrequência) para a melhora da flacidez da pele e da musculatura. Em pacientes que não querem ou não necessitam de correção mais profunda destas estruturas cervicais, tem-se indicado tratar as pregas ou bandas do músculo Platisma, que marcam o pescoço e tracionam estruturas da pele acima da margem da mandíbula apagando seu contorno, criando o efeito chamado de “buldogue”, com uso de incisões menores ou com aplicação intramuscular de uma toxina que faz o bloqueio temporário da contração muscular.

Queixo (Mentoplastia)
A participação do Mento (queixo) na proporção da face é de extrema importância, visto que proporciona equilíbrio entre os três terços da face, define a força ou a suavidade do formato facial, dá caracterização étnica, e influencia, sobretudo, o perfil do paciente, trazendo harmonia à face. Quando proeminente ou retraído, além de comprometer a harmonia facial, o mau posicionamento do mento pode estar relacionado alterações dentárias e da mordida, que devem ser corrigidas pelo ortodontista. A correção do mento pequeno ou retraído pode ser feita com anestesia local (com ou sem sedação), com a colocação de implantes de silicone coesivo ou de implantes de polietileno poroso, por via intraoral ou submentoniana (sob o queixo), devendo-se permanecer com curativo local por duas semanas com fita adesiva porosa. Outra técnica é a de avanço do osso do mento, chamada de “Osteotomia de avanço”, onde a abordagem é preferencialmente por via intraoral, na qual o seguimento do osso demarcado é cortado, tracionado e fixado com placas de titânio e parafusos na nova posição, e o “degrau” que fica é preenchido por enxerto ósseo ou material sintético apropriado, projetando o queixo à frente, para lateral ou para baixo, conforme a correção desejada.

Rugas e Flacidez de Face (Ritidoplastia, Lifting, Minilifting)

Com o envelhecimento, observamos as estruturas da face perdendo o volume e a sustentação, enquanto a pele perde o turgor e a elasticidade, provocando aumento dos sulcos e aparecimento das rugas. Fatores como estilo de vida, estresse, alimentação, uso de álcool e tabaco, ação da gravidade, doenças clínicas e fator hereditário, contribuem para acelerar ou não o envelhecimento. O Lifting para correção de rugas e flacidez da face e do pescoço consiste em tratar as estruturas profundas e superficiais da região, reposicionando os tecidos que sofreram queda por ação da gravidade, retirando a pele que estiver em excesso. Pode ser realizada com anestesia local com sedação ou sob anestesia geral. A abordagem pode ser aberta, com incisões (cortes) que vêm desde a região acima da orelha, até atrás da orelha, podendo prolongar-se até um pouco mais para trás, seguindo a linha do cabelo nesta região. Consegue-se tracionar a pele do rosto e do pescoço, definindo-se melhor o contorno da mandíbula, a bochecha, a região do contorno da boca e dos olhos, o pescoço, e minimizando ou até eliminando rugas da face. Pode também ser realizada por incisões pequenas na região do couro cabeludo frontal, via endoscópica, com ajuda de pinças e uma câmera de vídeo própria. A recuperação depende de cada cirurgia, mas sempre é esperado um edema (inchaço) e equimoses (hematomas) da pele, que vão desaparecendo nas duas semanas seguintes. É utilizado um curativo no início, e se for colocado dreno, normalmente é retirado com 24 horas. Um excelente resultado em cirurgia de face é aquele no qual o paciente rejuvenesce sem exageros, sem mudar a anatomia do rosto, e sem perder sua identidade.

Sobrancelhas (Suspensão ou Lifting de Supercílio)

As sobrancelhas têm grande influência na estética da região palpebral. Na maioria das vezes, a sobrancelha da mulher considera-se bem posicionada quando se localiza acima do osso superior da pálpebra, chamado de margem orbital, e para os homens, na linha desta margem óssea orbital. Como características raciais ou faciais, ou pelo envelhecimento da face, pode ocorrer um mau posicionamento do supercílio, como a queda da região lateral, medial ou dele como um todo, “pesando” sobre a pálpebra superior, dando aspecto de tristeza, cansaço ou de envelhecimento. Muitas vezes, essa cirurgia acaba dispensando uma correção de pálpebra, somente pelo reposicionamento das estruturas de pele e musculatura que estavam empurrando a pálpebra para baixo. A cirurgia pode ser feita pela incisão (corte) da cirurgia de Lifting (plástica da face) com incisão na região alta do cabelo, com aparelho endoscópico (onde se colocam instrumentos em um tubo), por cortes dentro do cabelo na região da fronte, ou pelas incisões da cirurgia de pálpebras. Há casos isolados onde se aborda a margem dos pelos da sobrancelha ou se retira uma fatia de pele da região para elevá-la. A cirurgia pode ser feita sob anestesia local ou geral. Esta cirurgia devolve à região peripalpebral a harmonia necessária e traz jovialidade ao terço superior do rosto.

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