Hipotireoidismo Subclínico

O hipotireoidismo subclinico pode ser definido como uma condição em que os níveis séricos de TSH estão elevados, em geral entre 5 e 10 mU/L, enquanto os níveis de T4 e T3 estão normais. A prevalência do hipotireoidismo subclínico é bastante variável, a depender da população e idade. Varia de 5 a 10% da população geral, chegando até a 20% das mulheres com idade acima de 60 anos.

As causas são basicamente as mesmas que causam o hipotireoidismo clínico, sendo a tireoidite de Hashimoto a principal.

No hipotireoidismo subclínico não há sintomas clínicos relevantes que ajudem no diagnóstico. O diagnóstico só pode ser feito com exames laboratoriais.

Uma grande parte dos pacientes com hipotireoidismo subclínico, eventualmente, irão desenvolver hipotireoidismo franco. Estudos mostram que após 10 a 20 anos até 55% dos pacientes com hipotireoidismo subclínico já terão evoluído para a forma completa da doença. Entretanto cerca de 30% dos casos podem normalizar os exames sem necessidade de qualquer tratamento.

Apesar de poucos sintomas significantes, dados têm surgido, demonstrando que a disfunção subclínica tem consequências clínicas. Os hormônios tiroidianos têm efeitos relevantes sobre o sistema cardiovascular e sobre algumas doenças psiquiátricas, como síndrome do pânico e depressão.

Portanto, trata-se de uma condição que necessita de avaliação especializada e acompanhamento. Existem situações clínicas que indicam necessidade de tratamento medicamentoso. O tratamento nesta situação assemelha-se ao tratamento do hipotireoidismo clinico com reposição de levotiroxina sódica.


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